Caminhos da Pedra no próximo fim de semana no Médio Tejo

Terceiro e último ciclo do Caminhos – Programação Cultural em Rede vai ter lugar nos próximos dois fins de semana em 6 municípios do Médio Tejo (Entroncamento, Ourém, Sardoal, Sertã, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha).

Ao palco do Caminhos vão subir nomes como Mia Rose, na Sertã, a 12 de outubro e Mundo Cão, no Entroncamento, a abrir o segundo fim de semana, num ciclo com muito mais música. O destaque vai para dois projetos comunitários (o “Segue-me à Capela” no Sardoal e em Vila Nova da Barquinha e a “Escola do Rock Paredes de Coura” em Ourém).  O percurso artístico “O Dom da Pena – Moinhos da Pena” com Francisco Goulão em Torres Novas será outra atração deste ciclo.

Os Caminhos da Pedra, terceiro e último de três ciclos anuais do Caminhos – programa cultural em rede no Médio Tejo – vai ter lugar de 11 a 13 e 18 a 20 de outubro, em seis municípios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIM Médio Tejo), com entrada gratuita em todos os espetáculos.

Cerca de 20 espetáculos gratuitos, entre eles muita programação dedicada às crianças, com o Teatro Mais Pequeno do Mundo na Sertã e o espetáculo Petit dos suíços Frutillas com Crema em Ourém. Este ciclo esculpe-se entre os caminhos do Médio Tejo com muita música, bandas locais, revelações nacionais e grandes nomes do panorama musical português.

Destaque para o Projeto Comunitário “Segue-me à Capela”, uma oficina de cantares tradicionais, que passa no primeiro fim de semana pelo Sardoal e no segundo fim de semana por Vila Nova da Barquinha. É um breve périplo pelos cantares tradicionais portugueses monódicos e polifónicos. Preferencialmente, para mulheres (jovens e adultas – M/12), num número máximo de 30 participantes. Inclui uma apresentação, para a comunidade, integrada no espetáculo do grupo “Segue-me à Capela” a 13 de outubro, às 16h, no Centro Cultural Gil Vicente no Sardoal e a 18 de outubro, às 21h30, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha.

Torres Novas, que já fez parte do ciclo Caminhos do Ferro, volta a apostar num Percurso Artístico: “O Dom da Pena – Moinhos da Pena – com Francisco Goulão”. O Ponto de Partida é no Café dos Moinhos da Pena a 19 e 20 de outubro, com duas sessões por dia, às 10h30 e 16h30. Sobre o percurso, Francisco Goulão adianta que “Sem vento tudo pára. A sua força é a vida dos doze moinhos da Pena. As suas velas, as antenas que o captam, transformando-se, por vezes, em monstros fleumáticos, prenunciadores de tragédias, conflitos geradores de histórias, que nos assombram e fascinam”.

No projeto comunitário que vai ser apresentado 20 de outubro, às 18h, na Praça Mouzinho de Albuquerque em Ourém, a “Escola de Rock Paredes de Coura” mostra o resultado de um modelo de trabalho que consiste em residências e campos de férias de curta duração (de 2 a 7 dias) preenchidas com ensaios, formação, sessões de cinema, jam sessions, concertos, demonstrações de instrumentos e workshops.  No final de cada residência, ocorre um concerto de apresentação que reúne cerca de 50 músicos em palco, e que é posteriormente apresentado em digressão. Esta iniciativa já permitiu às turmas da Escola do Rock atuar em alguns dos maiores eventos de Portugal, como o Festival Vodafone Paredes de Coura, Serralves em Festa, no Museu de Serralves e Verão na Casa, na Casa da Música.

Caminhos da Pedra – Programa por dia e por município

A programação deste ciclo tem ainda muito mais ofertas, com o primeiro fim de semana muito centrado na Sertã, por onde vão passar as acrobacias e malabarismos dos italianos Carpa Diem na sexta, dia 11, às 21h, na Praceta do Pinhal.

No sábado, dia 12, sobe ao palco no castelo da Sertã a artista Mia Rose, considerada a primeira vlogger em Portugal. Os seus vídeos têm milhões de visualizações no Youtube, onde se lançou a solo. É uma das personalidades públicas mais acarinhada pelo público jovem.

No domingo dia 13 de outubro, o dia começa com a atuação da oficina de cantares resultante do projeto comunitário “Segue-me à Capela” no Centro Cultural Gil Vicente,  no Sardoal.

Na Sertã, a atividade está concentrada na Alameda da Carvalha, com o Teatro Mais Pequeno do Mundo às 16h30, apresentando a peça “Debaixo do Capuz – Histórias de Devorar e Chorar por Mais”, contadas mesmo debaixo do capuz, para saborear os contos tradicionais, com uma pitada de subversão. Destronando o famoso “viveram felizes para sempre” elas fazem-nos questionar onde mora afinal a felicidade, a verdade, a justiça e a moral neste mundo moderno.

Também na Carvalha, às 21h30, os portugueses Monday, cujo disco de estreia lançado em 2018 foi incluído nas listas de melhores discos do ano da Antena 3 e da Blitz.

Uma das bandeiras do Caminhos é o acesso gratuito a toda a programação cultural, durante os três ciclos anuais (Ferro, Água e Pedra). Este ano com o seguinte calendário: Caminhos do Ferro de 12 a 14 de abril; Caminhos da Água de 12 a 14 e 19 a 21 julho; e Caminhos da Pedra, de 11 a 13 e 18 a 20 outubro.

Os Caminhos do Ferro percorreram Abrantes, Entroncamento, Tomar e Torres Novas em abril. Os Caminhos da Água mergulham em Abrantes, Alcanena, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Vila Rei, e Vila Nova da Barquinha em julho. Os Caminhos da Pedra esculpem-se no Entroncamento, Ourém, Sardoal, Sertã, Torres Novas, e Vila Nova da Barquinha em outubro.

Sobre o Caminhos:

O Caminhos é um projeto que se divide em três ciclos culturais de programação em rede no Médio Tejo, e que envolve 13 municípios. Estreou-se em 2017 com três caminhos a percorrer: os Caminhos do Ferro (abril), os Caminhos da Água (julho) e Caminhos da Pedra (outubro).

O projeto Caminhos surgiu da vontade de 13 municípios em apresentar às suas populações ofertas culturais alternativas, arrojadas e que colocassem o território no mapa artístico e cultural a nível nacional e internacional.

Os grandes objetivos do Caminhos é gerar itinerância de públicos internos, com uma programação cultural diferenciadora, e aumentar o número de visitantes que experienciam, neste período, o território como um todo, como um roteiro turístico e cultural em rede.

Já trouxe ao Médio Tejo alguns dos artistas de maior renome nacional e internacional, com propostas irreverentes e emergentes no panorama atual.

Projeto cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER.