Nos móveis de uma casa, guardamos objetos e memórias, imobilizando-os em estruturas paradoxalmente chamadas de “móveis”. Porque atribuímos este nome a algo que fixa e contém? Esta oficina de movimento, destinada a não profissionais de dança, propõe uma exploração coreográfica e reflexiva sobre a tensão entre o que permanece em movimento e o que se mantém guardado, estático. Relaciona o corpo individual com o coletivo, o corpo livre com o corpo restringido, e as identidades individuais com a identidade coletiva, construída ou assimilada. O que possibilita ou condiciona os movimentos dos diferentes corpos? Através de práticas de movimento e diálogo, a oficina convida à descoberta das dinâmicas que moldam a mobilidade e a imobilidade, tanto no plano físico como simbólico.
O processo de pesquisa culminará numa apresentação informal, no formato work in progress, que visa partilhar as descobertas da oficina e abrir espaço para uma conversa com o público, mantendo vivas as questões emergentes da exploração coletiva.
Horário: 10h00 – 12h00