Música
Todas as gerações

09/10 / 21:30
Torres Novas
Teatro Virgínia

Caminhos da Pedra
Edição de 2021

Piano Solo, por Rui Massena

“Preciso de voltar a ouvir as minhas canções ao Piano. Já lá vão 3 álbuns e cinco anos desde que comecei este novo caminho. Em novembro de 2014 fiz os meus primeiros concertos a solo na Casa da Música e no CCB, ainda sem disco gravado. Quero agora ouvir como o silêncio mudou, como se alterou a visão da minha própria música, como a minha alma mudou. Quanto tempo tem agora cada música, cada gesto, cada reação, cada aplauso. Senti-lo. Percebê-lo e deixar-me ir. “, Rui Massena

Os maestros são figuras fascinantes, quase sempre excêntricas, tocadas pelo génio. É certamente esse o caso de Rui Massena, conhecida figura do panorama cultural nacional que ajudou a transformar Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura num estrondoso caso de sucesso.

Assim aconteceu também com a Orquestra Clássica da Madeira onde foi maestro e diretor artístico durante 12 anos. Fora de portas, entre muitos concertos em numerosos países destaca-se o facto de ter sido maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica de Roma entre 2007 e 2009 e a proeza de ter sido o primeiro Maestro Português a dirigir na mítica sala Carnegie Hall em Nova Iorque.

Dois exemplos da sua capacidade de extravasar as nossas fronteiras. Por cá, embarcou de corpo e alma na aventura Expensive Soul Symphonic Experience, um espetáculo em que uma orquestra clássica encontrou espaço ao lado do moderno hip hop dos nortenhos Expensive Soul e que rendeu um DVD de sucesso (o mais vendido em Portugal em 2012).

Depois de se ter durante anos afirmado como maestro e diretor de orquestra, Massena tem vindo a construir uma sólida carreira como compositor e pianista.

A sua música está hoje presente nalgumas das mais importantes playlists mundiais da corrente Modern Classic e o seu nome é referido entre os expoentes de um género que agrega cada vez mais seguidores em todo o mundo.

Em palco, Rui Massena aborda o seu reportório de forma intimista, através de uma seleção pessoal de temas dos seus quatro discos editados, abrindo também a porta à apresentação de novas canções.

Um espetáculo de grande qualidade com um extremo cuidado técnico, quer ao nível do som operado por João Paulo Nogueira, quer no plano da iluminação da responsabilidade da Tela Negra.