Há muitos anos que Cláudia Nova com atenção para os coretos. Espaços quase invisíveis ao olhar por se encontrarem na maior parte das vezes vazios de gente. Maiores ou mais pequenas, cada aldeia, vila, cidade tem o seu coreto, normalmente no jardim principal ou praça. Vê crianças a correr à volta, pessoas a passar, mas quase nunca vê estes espaços ocupados, com vida. Pergunta-se porquê, uma vez que são espaços tão aprazíveis. Na sua forma circular, hexagonal, octogonal, elevados em relação ao chão, parecem perfeitos para acolher espetáculos. Espaço público tradicionalmente do século XVIII, habitualmente criado para espetáculos de música, em geral bandas filarmónicas, nos últimos tempos muito pouco utilizado, variando a sua utilização de região para região.
É verão, final de tarde quente e luz dourada. Chega um grupo de amigos à aldeia. Personagens lindas e perfeitas na sua aparência, com habilidades estranhas, músicos, equilibristas, acrobatas e malabaristas, habilidades circenses que trazem dimensões diferentes a este momento. Vêm fazer um piquenique. Toda a logística desta refeição informal dá lugar a grandes cenas de manipulação. Ocupar o espaço com alegria, música e dança. O acordéon toca enquanto o dia termina. Encontros de afetos, encontros de lazer, despiques de habilidades, brindes ao Verão, quase um sonho idílico, momentos perfeitos.
Uma das cenas será construída com algumas das pessoas que participaram na oficina do dia anterior, e do material por ela gerado, criando assim uma ligação à região.
Ao longo do espetáculo, haverá momentos de interação com o público e finaliza com uma cena de dança com o público.
Um espetáculo para todas as idades, misturando música, dança e circo.